quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Perigo em Andar de Bike Sozinho

Mônaco azul e seu ciclista. Entrada da Vila Nova Cachoeirinha, distrito vizinho da moradia do perigo. Avenida Itaberaba, redondezas do Largo do Japonês (principal centro comercial do distrito). Agosto de 2009. Noite.

Perigo à vista. Oito ciclistas à espreita no cruzamento do Largo. Classe predominante: Suspensão Zoom e quadro MTB tradicional. Preço médio por bicicleta: Cento e Cinquenta reais.

Curva fechada para a esquerda. Rua alternativa da Auto Escola, subida suave para a rua de baixo do comércio. Perseguidores à vista, dobrando a esquina. Risco de encontro elevado.

Aumento na velocidade. Leve salto na lombada. Contração na barriga (feijoada em digestão). Velocidade dos oito expandida para alcance do alvo. Residência avistada. Freada brusca, pneu traseiro derrapando. Quase um projeto de cavalinho de pau.

Provável líder da gangue lança sua bicicleta longe, e acusa o alvo de ter causado tal acidente. Chave na fechadura. Pensamentos acelerados. O que fazer... Tudo parou. Preço aproximado do Mônaco: Mais do que todas as oito bicicletas juntas.

- Hey, olha o estrago que você fez na minha bicicleta! – Estava tudo em ordem – Dá um jeito pra eu ir arrumar na bicicletaria ali no fim da rua. – Era domingo à noite e não havia bicicletaria no fim da rua.

Dinheiro oferecido: 20 reais. O que deu para salvar: A vida, o rosto, cinco reais, a bicicleta, a personalidade. O que não deu para evitar: A bronca por inúmeras razões do que poderia ter ou não ter acontecido.

Uma certeza: Não poderia mais sair sozinho com a bicicleta boa. Conclusão: Bike de infância consertada para roles solitários.

(Avenida Inajar de Souza, a via arterial que liga a Cachoeirinha/Brasilândia com o Centro)

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